ORIENTAÇÃO VOCACIONAL E COACHING
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Tornar os Sonhos Realidade

Um dos desafios de tentar concretizar um sonho é assumir a nossa fragilidade e vulnerabilidade, aceitando o erro, pois, por vezes, as coisas não correm como queremos e temos de escolher outro caminho. Essa humildade torna-nos mais fortes e resilientes.
Filipa Matos Batista - Gestora na área da saúde
Revista Prevenir - julho 2022

Processo de Equilíbrio

Metaforicamente, as escolhas vocacionais na adolescência assemelham-se às escolhas amorosas: não são definitivas, são sempre limitadas nas experiências de entre várias possibilidades, e é necessário paixão e identificação com as escolhas", diz o especialista em orientação vocacional. Para que se consiga assegurar o compromisso, "terá de existir um equilíbrio entre os fatores internos percebidos (aptidões, interesses, necessidades e objetivos) e externos das escolhas identificados (natureza das profissões, possibilidades de formação, oportunidades de emprego e constrangimentos socioeconómicos). Ou seja, os comportamentos vocacionais, que englobam preferência, escolha e ajustamento, à medida que o jovem progride no desenvolvimento, tornam-se mais realistas e coerentes no caminho entre o que se deseja ser, um Eu ideal, e o que é possível ser, um Eu real.
​Revista Prevenir

Como decidir e não falhar

Teresa Marta, mental coach e fundadora da Academia da Coragem, indica o passo a passo para tomarmos uma decisão de forma assertiva, sem ficarmos reféns do medo e da hesitação.
Antes de tomar uma decisão, pergunte-se…
  • O timing é o ideal?
  • Sinto-me plenamente autoconsciente do que quero?
  • Estou focado e a minha visão do problema é clara?
  • O meu estado psicológico e emocional está equilibrado?
  • Esta decisão contribui para o meu maior propósito?
  • Esta decisão foi tomada em sintonia com a minha verdade?
  • Vai contribuir para o meu crescimento pessoal ou melhoria da minha vida?
  • Vai prejudicar a vida de alguém?
Durante a tomada de decisão…
  • Esteja aberto à possibilidade de mudar o sentido da decisão, caso as circunstâncias se alterem ou se a sua intuição lhe der alertas contrários.
  • Esteja atento a opções alternativas e avalie-as.
  • Se se sentir desconfortável ou doente, questione a decisão.
  • Tome consciência das mudanças que a decisão está a gerar.
  • Esteja 100 por cento comprometido com o processo.
  • Não viva na dúvida permanente sobre o resultado da decisão.
  • Se necessário, procure ajuda especializada para garantir que a decisão está a ser implementada da forma mais indicada.
Depois de tomar a decisão…
  • Assuma a responsabilidade pessoal pelos resultados, sem se culpar e sem culpar os outros ou as circunstâncias.
  • Analise e compare o nível de ansiedade sentido após a tomada de decisão com o nível de ansiedade prévio à decisão.
  • Reconfirme a decisão tomada – follow-up e consolidação daquilo que decidiu.
  • Agradeça à decisão o que lhe ensinou.
  • Esteja aberto para tomar novas decisões que ampliem o efeito da decisão inicial ou que corrijam alguns pontos onde a mesma possa ser melhorada.
  • Anule a possível culpa ou medo relativamente a resultados.
Revista Prevenir

Em busca de Propósito

Gosto muito do conceito do golden circle, do escritor Simon Sinek. Ele afirma que 100% das empresas sabem dizer o "que fazem", muitas sabem dizer "como" fazem e, pouquíssimas, sabem dizer o "porquê" fazem. Com as nossas vidas podemos aplicar o mesmo conceito.
Já se perguntou por qual motivo trabalha na empresa que está hoje? Neste segmento? Nesta função? Por incrível que pareça, a regra do golden circle nos indivíduos segue o mesmo conceito que nas empresas. Poucas pessoas sabem responder o porquê fazem isso ou aquilo.
Carlos Guilherme Nosé - CEO

A Caminhada

Acredito que todos nascemos com uma missão de vida, um propósito. Ao longo da nossa vida, que eu carinhosamente apelido de "estrada", surgem objetivos pontuais de curto e longo prazo a serem alcançados.
Esta estrada é o nosso caminho. Uns sabem qual é o ponto de chegada e outros só descobrem quando já estão em viagem. Ao longo deste caminho surgem todo o tipo de desafios. Só podemos contar com a nossa bagagem de mão, algum peso às costas e os mais sortudos têm ou vão tendo assistentes de viagem para orientar e motivar.
Na bagagem levamos as nossas ferramentas, os nossos valores morais, lemas de vida e histórias para contar. Os lemas de vida são aquilo em que acreditamos, o que nos é incutido deste pequenos, desconstruindo ou construindo uma personalidade exterior, o "asfalto da estrada", baseada em crenças limitadoras ou ilimitadas. Os valores pessoais e morais são os nossos princípios, as fundações da nossa estrada. Muito provavelmente, é o que nos suporta e condiciona o que desejamos ser, ter ou fazer.
Sandra Lima Pereira - Coach
Revista ZEN Energy - janeiro 2022

Que decisões tomar para o Trabalho de Sonho?

Com as muitas dezenas de pessoas com quem já trabalhei na área da descoberta do propósito de vida e da criação do trabalho de sonho, existe uma frase que se encontra presente em muitos desses encontros e sessões de coaching.
“Eu nunca fui daquelas pessoas que desde sempre souberam o que queriam ser quando fossem grandes. Sempre admirei essas pessoas e tenho pena de não poder ser assim.”
Sempre que oiço esta frase lembro-me de quando eu a dizia a mim mesma e de como ela me trazia uma certa sensação de impotência inevitável. Esta frase insinuava que eu não tinha sido abençoada com a clareza de espírito necessária para saber o que gostaria de fazer com a minha vida e, por isso mesmo, deixava-me despida de recursos para fazer essa descoberta…
Será possível que uma frase que dizemos a nós próprios nos deixe neste falso estado de incapacidade. Parece incrível como assumimos certas crenças como verdadeiras e, consequentemente, tornamo-nos reféns das nossas próprias mentiras.
É por isso que hoje venho escrever-lhe sobre decisões difíceis...
Aquilo que inicialmente distingue as pessoas que vivem o seu Propósito e têm um trabalho de sonho das que ainda não o fazem é que as primeiras assumem realmente aquilo que gostariam de fazer e tomam uma decisão consciente de o fazer.
Uma descoberta verdadeiramente reveladora que fiz durante o meu trabalho como Purpose Coach é que, de todas as pessoas que me procuram para descobrir o seu propósito de vida e criar o seu trabalho de sonho, uma grande maioria na verdade já sabe ou tem alguma ideia daquilo que gostaria de fazer na sua vida. O que acontece é que, até àquele momento em se sentam, provavelmente pela primeira vez, com alguém que lhes faz as perguntas certas sem nenhum tipo de julgamento ou interesse pessoal, a maioria das pessoas nunca tinha colocado a hipótese de se dedicar à pintura, ao design de moda, à ação social ou ao tarot. Aquilo que percebi é que a maior parte das pessoas já sabe qual é o seu Propósito de Vida e como gostariam de passar os seus dias, mas não consegue assumir isso como uma possibilidade real. Talvez porque “Já tenho 50 anos e agora já não faz sentido”, talvez porque “Estive 10 anos a estudar outra coisa e agora não posso abandonar tudo”, talvez porque “Nem consigo imaginar o que a minha família, amigos e colegas de trabalho iriam dizer”, ou ainda porque “Este tipo de trabalho não traz dinheiro”.
Ora aí é que reside a grande diferença e aquilo que pode ainda estar a impedi-lo de viver a vida com o seu Propósito de Vida… Primeiro pode não estar a dar ouvidos à sua própria vontade, depois pode não estar a dar-lhe o devido valor, depois pode não acreditar nela como uma possibilidade real e, finalmente, pode não estar disponível para tomar decisões difíceis…
A ideia que temos é que as pessoas que sabem o que gostariam de fazer têm uma vida muito facilitada porque são apaixonadas pelo que fazem, mas isso não é necessariamente verdade ou, pelo menos, esse é apenas um dos lados da verdade.
As pessoas que escolhem viver a vida com o seu Propósito de Vida tomam diariamente decisões muito difíceis.
Decidem que vão ouvir realmente a sua intuição, o seu coração ou a sua vontade, chamemos-lhe o que quiser. Mas estas pessoas decidem que se há algo que está a ressoar dentro de si isso merece ser analisado com atenção. No entanto, elas sabem que, para se ouvirem sem julgamento, vão ter de tomar a decisão difícil de colocar em causa algumas coisas dentro de si e no seu ambiente, vão ter de questionar algumas “verdades” até então inquestionáveis… Como seria se começasse a colocar algumas coisas em causa, coisas que para si sempre foram verdades absolutas? Parece-lhe fácil?
Estas pessoas tomam consistentemente a decisão de viver a própria vida independentemente daquilo que lhes disseram que é suposto ou mesmo daquilo que acreditaram em tempos que a sua vida deveria ser. Estas pessoas são fieis a si próprias e acreditam que as escolhas que fizerem com consciência, relativamente às suas próprias vidas, vão ser sempre escolhas acertadas ou, no mínimo, possibilidades merecedoras de serem colocadas. No entanto, sabem que isso poderá ter implicações nos seus relacionamentos, na forma como vivem os seus dias, ou ainda no investimento que vão ter de fazer e, mesmo assim, escolhem fazê-lo… Já se imaginou a romper com o expectável e a tomar decisões que o realizam independentemente de tudo o resto, mesmo do seu conforto e segurança? Será isto fácil de fazer?
As pessoas que vivem o seu Propósito de Vida podem ter de tomar a difícil decisão de começar do Zero… Começar do início aos 35, aos 48 ou aos 53 anos de idade não é de todo tarefa fácil. No entanto para elas, o tempo que já passou não é o mais importante, mas sim o que vão fazer com o tempo que lhes resta. Como seria para si, começar agora algo de novo? Acha que seria uma decisão difícil?
Estas pessoas tomam diariamente a difícil decisão de acreditar que, independentemente da forma e do momento, elas vão fazer acontecer aquilo que querem. Seja viver o seu propósito de forma voluntária, seja ganhar a sua vida com isso. Estas pessoas acreditam que fazer desta atividade a sua profissão depende exclusivamente de si e, por isso mesmo, todos os dias fazem a escolha difícil de se aproximarem um pouco mais desse momento. A decisão difícil de se colocarem em causa e de se questionarem sobre o que poderiam fazer mais, o que poderiam fazer de diferente para chegarem um pouco mais perto… Já imaginou como seria se todos os dias tivesse de se desafiar um pouco mais, ir um pouco mais longe?
​Por tudo isto, se até agora pensava que viver a vida com o Propósito de Vida não era para toda a gente, estava certo, mas não pelas razões que inicialmente considerava. Todas as pessoas têm o potencial para o fazer, no entanto, apenas algumas pessoas conseguem efetivamente tomar as decisões difíceis que são necessárias para o fazer. As pessoas que vivem a vida com o Propósito de Vida tomam essas decisões diariamente e têm plena consciência do que podem ter de abdicar para o fazer.
Viver o seu Propósito de Vida é de facto algo muito desafiante, difícil e até exaustivo, mas pode ser a origem de uma felicidade maravilhosamente inexplicável. As pessoas que o vivem dão uma importância prioritária a esse sentimento e a esse momento… O momento em que são livres para fazer o que mais amam e livres para deixar o mundo mais rico com a sua presença.
Se é uma destas pessoas, quero agradecer-lhe … tenho a certeza que graças a si, o mundo é um lugar melhor.
Se ainda não escolheu ser uma destas pessoas deixo-lhe uma pergunta… Como está a sua vida atualmente com as decisões que tomou até agora? Difícil?
Joana Areias - Coach
Revista Progredir, janeiro de 2005

Como posso descobrir o meu Propósito de Vida

O processo para descobrir o Propósito de Vida implica um grande autoconhecimento e pode ser percorrido por qualquer pessoa, mesmo que não seja um super-herói. Mas, como qualquer processo de desenvolvimento pessoal e humano, o autoconhecimento implica duas fases: Consciência e Ação.
Se decidir ir para cima de uma montanha meditar e filosofar sobre si, irá perder metade da experiência que lhe dará a possibilidade de conhecer o seu verdadeiro Propósito. Se não entrar em ação irá perder muitas oportunidades e experiências que lhe poderão oferecer uma ideia clara daquilo que realmente é a sua missão. Existem pessoas que decidem tirar uma licenciatura e só depois de conhecerem o lado prático dessa profissão é que percebem que essa ocupação não representa, de todo, aquilo que mais gostariam de fazer. Ou ao contrário, pessoas que, por acaso, vão fazer um curso, ou uma viagem, ou conversar com alguém e, a partir desse momento, conhecem uma nova realidade que não estavam à espera e pela qual se apaixonam. A maioria das pessoas que conhece o seu Propósito, em algum momento das suas vidas, passou por uma experiência prática que mudou tudo. Estes são os verdadeiros motivos pelos quais é tão imperativo que entre em ação para descobrir o seu Propósito.
Por outro lado, se decidir entrar em ação e fazer coisas aleatórias e sem significado ou profundidade, poderá estar a perder o seu tempo. A fase de criar oportunidades e experiências deve ser antecedida e acompanhada por um processo de tomadas de consciência. Este processo, entre outras coisas, irá ajudá-lo a perceber exatamente quais são os seus valores, os seus talentos, as suas paixões e outras características que tornam esse Propósito tão importante para si. O seu Propósito, e a atividade pela qual escolhe viver esse propósito, devem ser tão perfeitas para si que irão encaixar de forma exímia na pessoa que realmente é.
Como referi anteriormente, o Propósito de Vida é o Porquê e a atividade pela qual decide viver esse Propósito é apenas o veículo que escolheu para o fazer. É também muito importante que o veículo ou atividade que lhe permite viver esse Propósito tenham o contexto certo para que se sinta realizado ao fazê-lo. Imagine que está a viver o seu Propósito de Vida, mas que o faz por meio de uma atividade que não está de acordo com os seus valores. Por muito que esteja a viver o seu Propósito não vai sentir-se totalmente realizado e vai acabar por perder o entusiasmo e a vontade de continuar a colocar em prática a sua missão. Desta forma vai estar dentro do seu elemento e a viver a sensação de “flow”, tão comummente descrita pelas pessoas alinhadas com o seu Propósito. Depois de descobrir o seu Propósito e o veículo a partir do qual esse Propósito se manifesta, está na hora de começar a implementar as soluções que lhe permitirão viver a vida com o seu Propósito de Vida. Nesta fase, precisará das características que utilizaria para atingir qualquer outro objetivo na sua vida e que são sobejamente conhecidas. Determinação, disciplina, paixão, compaixão, foco, etc.… Mas neste caso tem uma vantagem relevante, está a lutar por um objetivo verdadeiramente inspirador, o seu verdadeiro Propósito, e isso é metade do caminho.
Joana Areias - Coach
Revista Insights - março de 2014

É importante não desistir dos Sonhos

Não podemos deixar de refletir, no entanto, que o motivo pela qual determinados sonhos ficaram por realizar nem sempre foi inatividade ou erro no passos dados durante o processo. Por vezes, o próprio Universo não abre as portas da realização e, ainda assim, é preciso voltar o olhar para esta viagem interior, de forma a tentar descobrir qual a mensagem do Universo quando não deixou que todo o nosso empenho conduzisse à realização de alguns sonhos. Quando fazemos, descobrimos uma aprendizagem a fazer. Tudo é construção e crescimento. O caminho da vida é um caminho de construção, amor, sonhos. Viver é sonhar, aspirar, dar passo para realizar. Portanto, sonhar faz parte do caminho, mas a grande sabedoria é dar passos conscientes. E quando, porventura a realização do sonho (a vitória) não acontecer, não permita que isso o derrube. Olhe para o processo como uma aprendizagem e crescimento interior. Faço votos para que todos os movimentos da sua vida sejam plenos e repletos de muita atenção, para que possa sentir a existência com toda a força da sua expressão.
Reliane de Carvalho - Hipnoterapeuta
Revista ZEN Energy - novembro 2021

O Propósito na Vida Profissional

Descobrir o seu propósito e viver a vida com uma atividade profissional que o apaixona tem uma importância fundamental para que viva uma vida com significado e com ela consiga encontrar-se com o seu verdadeiro Eu. Mas isso já deve estar farto de saber e de ler. Talvez o grande bónus seja que, descobrir o seu propósito de vida e trabalhar naquilo que mais ama fazer, é também fundamental pelo impacto que este seu percurso pode ter no mundo. Parece algo megalómano mas não é. Nenhum de nós consegue ter a total noção do impacto que pode ter na vida das pessoas que nos rodeiam e no mundo. E isso sem contar com aquilo que as pessoas que influenciámos irão fazer no seu meio ambiente, influenciando elas também as pessoas que as rodeiam e assim sucessivamente, numa cadeia de eventos infinitos. Essa é a importância do nosso propósito. Uma importância inominável. Mesmo que considere que não quer ter uma atividade que crie impacto direto nas pessoas, o facto de estar feliz, realizado, motivado e consciente da importância dessas emoções na sua vida irá, inevitavelmente, contagiar o seu meio ambiente. Com a sua energia, conhecimentos e emoções irá influenciar essas pessoas positivamente para elas mesmas criarem esse impacto nas suas vidas. Basta pensar nas coisas que mudaram a sua vida e o fizeram chegar até onde está agora, seja em que área da vida for. Pense numa área da vida com o qual está extremamente satisfeito. Pode ser a área da saúde, pode ser a área do romance, a área do dinheiro, ou outra. Agora recue no tempo e pense em todos os acontecimentos significativos que o trouxeram até onde está hoje nessa área da vida. Quando pensa neles isoladamente não parecem muito relevantes, pelo menos no momento em que aconteceram. Mas, a longo prazo, é impossível dar um valor ao impacto que tiveram em si, nas pessoas que o rodeiam, nos seus filhos, na sua família e, consequentemente, no mundo. É este o valor significativo de descobrir o seu propósito. Por um lado, pode ser fundamental para o seu desenvolvimento como ser humano. Por outro, com a representação do potencial que tem dentro de si para influenciar o mundo e deixá-lo mais rico pela sua presença.
Joana Areias - Coach
Revista Progredir, março 2019

Abundância

O salvo-conduto direto para a abundância pessoal e também económica está baseado em colocar ao serviço dos outros aquilo que verdadeiramente é. Colocar os seus dons, os seus talentos e tudo aquilo que faz bem de forma natural ao serviço dos outros é a chave que lhe abrirá a porta da abundância. Procure um problema ou uma necessidade que outras pessoas tenham ou pense como poderia criar algo que faça a sua vida melhor, mais agradável, bonita economicamente ou estimulante para outras pessoas ou para o planeta e ponha todo o empenho em fazer isso de forma excelente, oferecendo o seu dom a essa causa.
Sergio Fernández - Coach, Consultor de Comunicação, Jornalista e Escritor
Livro: Viver com Abundância

Profissões

A singularidade humana converge para uma diversidade de talentos e o poder da beleza organizacional do mundo está nesta unicidade de talento ou no conjunto de talentos que cada um possui. Imagine se todos fossemos médicos? Se todos fossemos advogados? Ou se todos trabalhássemos em gastronomia? Ou se todos trabalhássemos em limpezas? Como seria o mundo se todos convergíssemos para a mesma função? O grande advento da beleza da vida reside precisamente nesta diversidade, nesta multipluralidade de talentos. Observar isto mesmo leva-nos a valorizar cada profissão que existe no mundo, porque cada função, cada talento, cada instrumento de vida é o que faz com que, enquanto seres pensantes, possamos organizar, construir, realizar, fazer e viver diante da oportunidade de gerar bem-estar, conforto, e o que é necessário para a nossa existência e, consequentemente, para o nosso crescimento interior, para a nossa evolução.
Reliane de Carvalho - Hipnoterapeuta
Revista ZEN Energy - agosto 2021

A Juventude e seus Sonhos

Na sociedade em que estamos inseridos, os jovens desejam muito, mas sonham pouco, não se deram conta de que o desejo não resiste no calor dos fracassos e os sonhos nem sempre se renovam. A juventude está muito ansiosa, nervosa, consumista e sem paciência, age por instinto, qualquer coisa é motivo para discussões, não pensam antes de reagir.
E os sonhos? Como nos diz Augusto Cury, em seu livro nunca desista de seus sonhos, ”Esqueceram que os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser forte, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades. Mas a culpa não é dos jovens. A sociedade criou uma estufa intelectual que lhes destruiu a capacidade de sonhar.”
Sócrates, Platão, Abraham Lincoln, Einsten, Freud, Marx, Machado de Assis e muitos outros foram grandes sonhadores. Tiveram grandes projetos, porque viveram grandes sonhos que mudaram a história. Seus sonhos trouxeram esperanças nas perdas, renovaram suas forças nas derrotas.
Ainda citando Cury: “A vida é um jogo. Podemos perder em muitos momentos, mas não podemos admitir ficar no banco de reservas”.
A única esperança de progresso do pensamento juvenil, é a implantação de um novo sistema educacional de qualidade, essa sim abre as portas dos horizontes, incentiva o jovem a sonhar, a pensar, a ter a capacidade de ser empreendedor e principalmente liberta-o jovem do cárcere do conformismo, deixando-o livre para percorrer e explorar o desconhecido.
Afinal como nos diz em seu livro, 12 semanas para mudar uma vida, Cury nos deixa instigado a uma boa reflexão: ”A vida é um eterno aprendizado. Sempre precisamos aprender com os outros, observar pessoas com ricas histórias para escrevermos a nossa própria história”.
Marcus Costa Santana - Estudante

A Beleza

A investigação inquieta não é a única forma de saber, o autoexame não é o único tipo de conscientização. A apreciação de uma imagem, a história de sua vida igualmente pontilhada de imagens desde a infância e um aprofundamento nelas diminui a inquietação da indagação aplacando a febre e o aborrecimento da procura. Pela própria definição, dada por Tomas de Aquino em sua suma teológica, a beleza suspende o movimento. A beleza em si mesma é cura para o mal-estar psicológico.
Esse desejo de beleza que há no coração humano precisa ser reorganizado pelo campo que afirma ser sua área, o coração humano. A psicologia precisa voltar á beleza, nem que apenas para manter-se viva. Espantosamente, mesmo os estudos de personalidades criativas nas artes parecem considerar o desejo de beleza, quando o mencionam apenas como um fator variável. Como pode a escrita biográfica que deixa fora a força propulsora da beleza (não deseja o fruto do carvalho tornar-se uma bela árvore?) satisfazer os leitores que procuram nas biografias pistas para suas vidas?
Somente se transmitir esse senso de beleza, pode a história satisfazer a vida que é o seu tema.
​James Hillman - Psicólogo
Livro: O Código do Ser

Chamado Interno

A questão profissional é entendida por Hillman como um chamado interno, na medida em que nascemos com uma imagem que nos define, uma centelha divina, ou seja, o daimon. Hillman afirma que todos nós temos uma singularidade que pode ser vivida, que já está presente antes de acontecer e se manifesta desde muito cedo na vida do indivíduo.
James Hillman - Psicólogo
​Livro: O Código do Ser

Teoria de Bohoslavsky

Bohoslavsky afirmava que a modalidade clínica é a orientação vocacional, em que a escolha é da pessoa e não do psicólogo. Esse trabalho pressupõe em fornecer elementos para que o indivíduo pense, analise e avalie, para fazer a sua escolha. Assim, quem faz o diagnóstico nesse processo é o próprio indivíduo, pois a escolha é dele, e a postura também. Escolha essa que é multi e sobre determinada através da família, escola, meios de comunicação etc. Na estratégia clínica, o cliente é levado a ver, pensar e atuar psicologicamente, ou seja, articular a relação entre reflexão-ação e teoria-prática. Bohoslavsky (1991) ressalta que o psicólogo envolvido no processo de orientação vocacional deve partir da realidade do cliente, da sua experiência de vida, respeitando seu sistema de valores e o seu estilo pessoal. O trabalho de orientação vocacional se caracteriza, assim, como um trabalho psicoprofilático, em que vai promover o desenvolvimento das potencialidades do sujeito, seu amadurecimento, para que ele possa se realizar profissionalmente. Segundo o autor, as principais variáveis que interferem na escolha profissional, são: a família, os amigos, a escola e o trabalho. Ressaltando que a pessoa não é somente “moldada” por essas variáveis, mas que, ao mesmo tempo, as molda por sua presença. O comportamento é expressão do contexto mais amplo, em função de uma relação dialética e não linear.
Theresa Beatriz Figueiredo Santos - Professora
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Teoria da Personalidade e Escolha Vocacional de Anne Roe

Vocação e Beleza

Todos nós temos talento e maior aptidão para uma determinada profissão. Todo problema está em descobrirmos esse talento e ajustá-lo à profissão correspondente. Infelizmente, nosso sistema educacional não é perfeito e não procura as linhas de prazer em cada um de nós, único caminho para despertar nossa vocação. Tudo depende de nós mesmos, de focarmos nossa atenção nessa procura e anotarmos sempre (num diário, por exemplo) nossas reações prazerosas em contato com qualquer coisa. A nossa plena realização depende desse esforço! Ao mesmo tempo em que grande volume de informações disponíveis abre um vasto leque de possibilidades, essa mesma variedade de alternativas nem sempre satisfaz nossa procura, pois difunde valores que interessam antes ao desenvolvimento do sistema produtivo vigente. E nem sempre a nossa realização é ditada. Isso explica porque todos nós temos direito a “quinze minutos de sucesso”! Apenas 15 minutos! Não devemos nos deixar levar apenas pelos exemplos de sucesso apregoados pela mídia sistêmica (contratos e salários milionários, por exemplo), mas seguir “os caminhos que tenham coração”, já que “todos os demais caminhos cruzam a floresta e não levam a qualquer lugar” (dom Juan em “A erva do diabo”). Mesmo que o início da caminhada seja trabalhoso e pouco compensador (e quase sempre o é), mesmo que essa descoberta seja tardia, é a única rota que vale a pena ser trilhada. A descoberta do talento e sua adequação profissional é um trabalho de aproximação sucessiva, observação permanente e de experimentação constante. Exige perseverança! Encontrar o nosso lugar, um lugar seguro, onde sentimos uma sensação especial de conforto espiritual, onde o conhecimento que adquirimos é sempre crescente e prazeroso, esse é o caminho da plena realização. Esse estado de plenitude, no entanto, nem sempre beneficia todos aqueles que descobrem seu talento e o desenvolvem. É comum, nos dias de hoje, encontrarmos pessoas talentosas, que não alcançam este estágio de “conforto” e se perdem (eventualmente tornam-se criminosas!), porque acreditam que o conhecimento que adquiriram é sua propriedade, nada dele é devido à humanidade (“as coisas estão no mundo, eu que procuro aprender”, Paulinho da Viola). Somente as pessoas de talento, que se preocupam em devolver, de alguma forma, à humanidade seu conhecimento e introduzem naturalmente esse fundamento ético em seu desenvolvimento profissional, conseguem perpetuar seu talento e encontram esse lugar de “conforto”. “Conforto” e brilho! Curioso esse estágio do desenvolvimento dos homens de conhecimento, quando, pela conduta ética conseguem perpetuar seu talento e brilhar... Sua natural segurança ao transmitir seu conhecimento gera retorno e mais conhecimento, expansão prazerosa da convivência, empatia, como uma estrela. Não importa sua aparência física, porque seu semblante irradia brilho e beleza, uma beleza verdadeira!
Aloysio Azevedo - Sociólogo

Reorientação Vocacional

Dados de uma publicação de 2004 apontaram diversas razões pelas quais as pessoas podem se frustrar em sua primeira escolha e acabam buscando novas tentativas através da reorientação vocacional:
• Insatisfação em relação à escolha profissional realizada;
• Insegurança diante de uma nova escolha;
• Certeza quanto à necessidade de auxílio;
• Necessidade de aumentar o conhecimento de si mesmo através da orientação, como forma de fundamentar uma análise mais acurada da situação atual e tomada de decisão mais segura;
• Necessidade de informação sobre outras possibilidades profissionais, como uma complementação importante ao processo prioritário de autoconhecimento;
• Maior necessidade de conhecer a realidade prática da profissão, como um importante fator que auxiliaria na avaliação entre permanecer ou abandonar o curso e fazer nova escolha;
• Não apresentar as habilidades requeridas para o exercício da profissão;
• Não ter conhecimento sobre o processo de inserção no mercado de trabalho;
• Reprovação em disciplinas como a principal razão para o abandono do curso, dificultando também o processo de re-escolha (Moura e Menezes, 2004).
Além de outros aspetos envolvidos na insatisfação tanto académica quanto no exercício da profissão. É comum o relato de clientes sobre os tais motivos da insatisfação, por exemplo: “monotonia”, “rotina de trabalho desgastante”, “falta de interação”, “histórico de deceção profissional na família”, “profissão supérflua”, “retorno financeiro”, “relacionamento entre colegas de trabalho”, “desgaste físico”, “falta de rotina”, entre outras. Ou seja, estas falas especificamente, revelam alguns indícios de desconhecimento da profissão (informação profissional) e de caraterísticas pessoais (personalidade) requeridas, por exemplo, quando um se queixa da rotina e outro da falta dela. Mas, vale ressaltar que reorientação profissional não se justifica apenas quando se está insatisfeito, ela serve a outros propósitos, como a progressão na carreira, por exemplo.
A orientação profissional serve não apenas para se ter um norte sobre o campo profissional a seguir, mas também como uma oportunidade de autoconhecimento, de alinhamento entre habilidades/caraterísticas pessoais e profissão, do sentido/significado do trabalho para o ser humano, da relação trabalho e projeto de vida.
Decidir pela orientação profissional já é meio caminho andado, mas ela por si só não garante sucesso. Já dizia a poeta Cora Coralina (1889-1985): 
“A Verdadeira coragem é ir atrás de seus sonhos mesmo quando todos dizem que ele é impossível”.

Flávio Hastenreiter - Psicólogo

Alice no País das Maravilhas e a Escolha Vocacional

Quem já teve a oportunidade de ver o mais novo filme de Tim Burton pode ter se frustrado porque tinha expectativas muito elevadas ou se divertido bastante com a loucura da Lebre de Março e sua mania de arremessar xícaras. Eu faço parte desse segundo grupo. Entretanto, meu prazer com o filme foi muito além. Minha experiência como orientador vocacional me fez olhar o filme com outros olhos e fiquei entusiasmado em perceber como ele abre espaço para um discussão sempre atual – o nosso destino – mais precisamente a descoberta e a escolha vocacional.
Tema normalmente associado à adolescência, momento em que realizamos o vestibular, é também assunto de importância em todas as fases da vida. É comum eu receber em meu consultório adultos que estão buscando se encontrar profissionalmente. É sempre valioso avaliarmos nossa carreira e pensarmos no nosso futuro.
O filme, de início, abre a temática. Alice é uma adolescente, um tanto questionadora, chegando atrasada, e sem meias, em um evento social importante de nobreza inglesa. O motivo da festa? Um lorde inglês vai pedi-la em casamento. Eis o nosso tema: o destino e o futuro de Alice. Uma vida tranquila, casada com um homem de posses, com toda mordomia que a nobreza pode oferecer. Vamos lembrar que na época em que se passa o filme essa era praticamente a única opção para as mulheres.
Encontramos os primeiros elementos da escolha profissional: a expectativa social, a pressão familiar, o caminho “certo”, a garantia, a segurança e estabilidade, o perigo de ficar excluída como a tia Imogene – a senhora que até hoje espera o príncipe encantado. A expectativa e pressão social e da família estão tão presentes nesse processo de escolha que muitas vezes a decisão é por evitar contrariar as regras estabelecidas.
Diante de toda essa pressão, Alice pede um tempo, sai correndo, cai na toca do coelho, chega no País das Maravilhas. A primeira questão com a qual ela se defronta: Você é a Alice? Ou será Alice que não é a Alice? É a Alice, mas não totalmente?
Alice é obrigada a se perguntar “quem sou eu?”. A Alice que todos esperam tem um destino: matar o terrível dragão que mantém a tirania da Rainha de Copas. A nossa Alice não se vê capaz de realizar essa tarefa: será ela, ela mesma?
O filme avança, Alice avança também, fazendo seu próprio caminho apesar do que já estava traçado. A busca por se conhecer é o primeiro passo efetivo na direção da descoberta vocacional; quem não sabe quem é não ocupa seu espaço no mundo.
Temos um personagem importante, o Chapeleiro Maluco, ele acredita que Alice é a Alice. Ele a protege, coloca em risco a própria vida e é levado preso para a Rainha de Copas. Para se salvar, trabalha fabricando chapéus para a tirana. Quando Alice o encontra, ele está feliz por poder voltar a trabalhar, é a vocação dele fazer chapéus, e assim nem percebe a corrente que lhe aprisiona naquela sala. Quantas vezes não estamos a realizar um trabalho que gostamos mas esquecemos o real sentido e significado desse trabalho, no caso, acabar com o reino de maldades da Rainha de Copas que quer tudo do seu jeito ou – Cortem-lhe a cabeça!!!
O reinado de Copas é marcado pela falsidade, a hipocrisia, o distanciamento do Eu Verdadeiro. Todos fazem de tudo para agradar a rainha, abrindo mão da espontaneidade e da liberdade de expressão.
Alice descobre que precisa pegar a espada Vorpal, única capaz de matar o dragão. A espada é um símbolo de poder e força. Entretanto, tal arma é protegida por uma besta terrível. Alice encara a fera, se torna amiga dela, apesar do risco de morte ela olha o medo de frente e o atravessa, recuperando assim o poder, a espada. Agora, o que era uma fera raivosa e mortal se oferece como montaria para Alice, serve a ela. Nossa heroína dominou seu medo.
Chegamos a um momento crucial do filme, a escolha do corajoso guerreiro que enfrentará o dragão no dia Fabuloso (que podemos comprar com o dia do vestibular). A Rainha Branca diz, o que pode ser uma das frases mais importantes do filme, algo assim:
Alice, agora é o momento de você decidir. Não tome sua decisão para agradar ninguém, porque na hora de enfrentar o dragão você estará sozinha.
Ao escolher sua profissão, é importante ter em mente que quem vai trabalhar dia-a-dia e enfrentar todos os desafios é você. Você estará essencialmente só. Ninguém pode trabalhar no nosso lugar.
Nesse momento Alice mais uma vez se retira para pensar. Apesar de ter enfrentado o medo, recuperado a força, ainda não descobriu o essencial. Não respondeu a pergunta básica: quem sou eu. Numa breve conversa com Absolem, uma lagarta prestes a virar borboleta, Alice afirma e reconhece quem ela é. Não tem mais dúvida, sabe o destino que quer seguir.
Acredito que todos temos um destino, que podemos seguir ou não, temos o livre arbítrio. Como descobrir o nosso destino? Buscando aquilo que dá sentido e significado à nossa vida! Por isso a importância de se conhecer.
Alice enfrenta o dragão! Ele é gigantesco, parece impossível vencê-lo. Alice pensa então em 6 coisas que ela julgava impossíveis e viu acontecer.
Se pensarmos que uma coisa é impossível, nunca conseguiremos realizá-la!
(Pai da Alice)
Alice vence o dragão! Corta-lhe a cabeça!
Ao voltar para o seu mundo, outro dragão a espera: o lorde, o pedido de casamento e uma multidão que aguarda que ela diga sim. O que escolher? O caminho mais fácil ou o próprio destino? Alice não tem dúvida, ela descobriu quem é, recuperou seu poder, dominou o medo, ousou ser ela mesma!
Assim, diz não para todos os presentes e sim para si mesma, para sua verdade mais profunda, é honesta e verdadeira com todos os presentes, não ofende ou ataca ninguém.
A jornada do herói empreendida por Alice, o caminho solitário, a descoberta de si mesma, o domínio do medo, a conquista da força e da ousadia de se expressar verdadeira e autêntica no mundo. Esse é o nosso desafio e de todo jovem que pensa sobre seu futuro: a descoberta de si mesmo, o reconhecimento do próprio caminho e a autorrealização na alegria de cumprir o destino!

Fernando Henrique Rezende Aguiar - Psicoterapeuta Corporal e Orientador Vocacional

Ser Feliz

Por que falar sobre honestidade? Simples: porque só somos verdadeiramente honestos se estivermos fazendo aquilo para o que nascemos. O duro é descobrir o que é, pelo menos para os mortais comuns, não para os gênios. Mas há pistas. O psicólogo americano Mark Albion nos dá uma em seu livro Making a Life, Making a Living (algo como: construa sua vida, construa um estilo de viver), sem edição brasileira. A obra é baseada em uma pesquisa conduzida pelo especialista, feita com 1500 jovens que saíam de suas universidades e procuravam suas carreiras.
Albion percebeu que, do total de jovens, 83% buscavam realização financeira. Eles queriam to make money, como dizem os americanos. Os outros 17% relatavam que estavam interessados em atender à sua vocação, que era definida por eles como algo que me dê prazer, satisfação, que eu goste de fazer. A pesquisa acompanhou esses jovens por 20 anos e, após esse tempo, constatou que, do total, 102 haviam alcançado imenso sucesso em suas carreiras, inclusive financeiramente. Destes, 101 pertenciam ao grupo dos 17%. Aqueles que, ao caçarem o sucesso, miraram no prazer e acertaram na vocação.
Pois é. Se, para a maioria das pessoas, é difícil identificar a vocação, um talento natural, uma excelente saída é buscar o prazer. Se você gosta do que faz, tende a fazer bem feito, tem melhores resultados e é reconhecido. E isso só aumenta seu prazer em fazer o que faz, criando um ciclo virtuoso.
Afinal, ser talentoso é ser feliz, demonstrar leveza na lida diária, encarar os problemas como parte da atividade, criar um estilo pessoal ao realizar um trabalho comum. É possível ser um
tintureiro talentoso, um cabeleireiro genial. O talento não é demonstrado apenas pelas divas da música, pelos escritores premiados, pelos atores e atrizes. Há caixas de banco talentosos e caixas de banco que parecem aprisionados, condenados a fazer um trabalho de que não gostam. Há vendedores que transpiram alegria, e por isso vendem mais, e vendedores que não encontraram outra coisa para fazer, por isso realizam o trabalho sem prazer e sem sucesso.
Persiga o prazer, junto você alcançará a realização. O mundo está cheio de pessoas que abriram mão de uma carreira supostamente de sucesso para realizarem seu sonho, aparentemente maluco. Conheço um advogado que virou chefe de cozinha, uma bióloga que virou designer, uma psicóloga que virou roteirista, um engenheiro que abriu uma casa de sucos, uma analista de sistemas que se encontrou como leiloeira de arte. Gente louca? Pode ser, mas, como canta a talentosa Rita Lee: Dizem que sou louca por pensar assim; mais louco é quem me diz que não é feliz.
Eugenio Mussak - Educador e Escritor

Vocação

Quando seguimos uma vocação, traçamos um projeto de vida. Por isto este momento é tão importante, eu diria até muito angustiante para muitas pessoas. Números revelam que 40% das pessoas que iniciam uma faculdade não a terminam por achar que o curso não atendeu suas expectativas ou não tem relação com seus sonhos. Muitas vezes, é importante até mesmo ter uma maior consciência de aspetos de sua vida que podem impedir sua carreira.
Pense em seus valores familiares, sociais, religiosos, no seu futuro, naquilo que gostaria de fazer de forma diferente. Não se deixe apenas influenciar por uma ou outra pessoa, pois a escolha é sua e influenciará diretamente sua vida futura.
Além de informar-se sobre as escolhas, vale também se “autoconhecer” para entender seus limites, seus talentos, dons e tudo que possa favorecer suas escolhas de vida. Como tudo isso faz parte do seu “plano” de vida, pense quais deles podem ser mudados também.
Muitas vezes, queremos ganhar tudo e sermos gratificados da melhor forma possível, mas, lendo algumas coisas para escrever este texto, achei muito interessante esta citação: “Escolher significa também não só correr riscos, mas lidar com a perda. Sempre que se decide por uma escolha, também se decide o que se vai perder. Com todas essas dificuldades tanto racionais quanto emocionais não se pode negar que este tipo de escolha representa um ato de coragem.” (BOCK, S.)
Coragem! Não tenha medo em dar passos em direção à sua vocação.
Elaine Ribeiro dos Santos - Psicóloga

Modelo Hexagonal de Holland

Holland (1997) propôs um modelo teórico da congruência entre pessoas e ambientes de trabalho, que tem dominando a pesquisa e a prática de avaliação de interesses ocupacionais. Para o autor, indivíduos interessados por uma mesma ocupação possuem caraterísticas de personalidade similares e criam ambientes físicos e interpessoais peculiares.
Holland (1997) defende que ambientes ocupacionais e pessoas sejam vistos de maneira integrada, pois tais ambientes são constituídos por meio das caraterísticas das pessoas, isto é, pessoas com caraterísticas similares tendem a se agrupar em torno de atividades e tarefas adequadas às suas caraterísticas e valores.
Holland (1997) criou 6 tipos pessoas de caraterísticas e ambientes similares: Realista, Investigadora, Artista, Social, Empreendedor e Convencional.
Mauro de Oliveira Magalhães - Psicólogo

A Mãe de todas as Profissões

É frequente ouvirmos um cidadão relembrar este ou aquele professor que, de algum modo, o marcou para a vida, de um modo positivo ou negativo. Há, contudo, outros inúmeros indicadores que não deixam dúvidas acerca da importância dos professores na sociedade. Deixem-me fazer esta síntese – sem professores, as sociedades sobrevivem, mas, com os professores, o mundo pode tornar-se melhor. Numa certa perspetiva, a da formação dos cidadãos para a cidadania, todas as outras profissões nascem na maternidade da docência. O professor, ele próprio, a sociedade em geral e, obviamente, o Estado não podem, em momento algum, esquecer-se dessa verdade, sob pena de se autodestruírem: o Estado, o professor, a sociedade.
A responsabilidade que o docente carrega impõe-lhe a construção de um estatuto com alguns pilares bem distintos, como sejam, a dignidade, o respeito por si e pelos outros, a credibilidade, a formação científica que inclui, nos nossos dias, o domínio das novas tecnologias, a consciência da sua influência como modelo para os alunos e para a sociedade, o que lhe impõe a tolerância, a capacidade para dialogar, ouvir, aprender, estimular a inovação, a curiosidade, a criatividade, o espírito de trabalho, atenção aos problemas da comunidade, respeitador do ambiente, lutador com disponibilidade para nunca desistir de um mundo melhor. A atitude, nas aulas e fora delas, tem de ser positiva, pois os olhos das crianças, dos pais, da sociedade envolvente nunca o largarão. Enfim, muitas mais outras caraterísticas poderíamos apontar ao professor dos nossos dias, mas, há uma que não podemos esquecer e que, de certo modo, resume todas as outras: mais que o saber científico, mais que o cumprimento dos programas, mais que o preenchimento de todas as burocracias em que esteja envolvido, é muito importante que nunca se esqueça de que é uma pessoa, o que implica que, em todas as suas ações, privilegie o seu lado humano. Repetimos: a sua dignidade, a sua tolerância, a atitude, a militância pelo meio ambiente e pelo bem-estar dos seres que o habitam, a abertura para ouvir e interessar-se, para cooperar, para incentivar, despertar e reforçar a curiosidade, a coragem, a consciência, o respeito, serão os aliados que o ajudarão no exercício correto de uma profissão tão digna e tão importante.
Alguns poderão pensar que tudo isto não passa de lirismo, mas, à medida que fui evoluindo como professor, aprendendo no dia-a-dia das aulas, corrigindo erros tremendos, senti que a minha tarefa só começou a dar-me prazer, quando deixei vir ao de cima o lado humano, dando-lhe uma importância que, muitas vezes, o professor tende a esquecer, assoberbado por tarefas que lhe parecem prioritárias.
Um dos erros mais graves é educar, como hoje se diz, para a competitividade, em vez da solidariedade. A educação para a competitividade criou a civilização dos conflitos, das guerras, do apagamento das pessoas substituídas por algarismos e estatísticas. A educação para a competitividade está na raiz da desumanização da civilização, de que tanto nos queixamos. Se queremos um mundo melhor, o professor tem de apostar na humanização da educação. Nenhum professor conseguirá levar a cabo a sua função, se não sentir prazer nas aulas, no contacto com os alunos, em tudo quanto partilha. Sem entusiasmo, sem carisma, sem envolvência, dificilmente será um Professor.
Leonel Marcelino - Professor

Principais Modelos Teóricos em Orientação Vocacional

Desde Parsons até aos nossos dias temos um século de reflexão e de práticas sobre um conjunto de teorias que, de formas diferentes, se preocuparam em entender os mecanismos psicológicos vocacionais internos e as escolhas vocacionais, permitindo que se chegasse, agora, à fase em que se entende que se deve dar uma maior atenção à maneira como o indivíduo se constrói a si próprio nos diversos contextos em que atuou, atua e poderá vir a atuar.
Holland assim como a Krumboltz reconhecem a importância de fatores pessoais e contextuais na escolha de uma profissão. Holland enfatiza a importância da congruência entre o tipo de interesse e o tipo do ambiente, no sentido de busca por maior satisfação e qualidade de vida no trabalho, enquanto Krumboltz detalha a importância das experiências de aprendizagem, das crenças pessoais de autoeficácia e expetativas de resultado e da autoavaliação sobre os resultados das ações de escolha. Ambas as perspetivas possuem utilidade prática e de pesquisa, porém a opção por uma ou outra dependerá dos objetivos do psicólogo.
Em contrapartida, o C-DAC proposto por Super (1983) surge como uma alternativa a mais para auxiliar os orientadores de carreira no desempenho das suas funções, desenvolvendo, nos indivíduos, a capacidade de entender a sua carreira como um processo em constante desenvolvimento, mas para isso é importante que os orientadores de carreira que façam uso deste modelo conheçam bem a teoria proposta por Super, pois esta preocupa-se em agregar significado ao processo de orientação, com vista à abertura de consciência sobre os vários aspetos que influenciam as escolhas profissionais e o próprio desenvolvimento de carreira, superando as limitações encontradas no modelo tradicional.
​Trabalhos Feitos
Selo Confio